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Comportamento dos jovens bonobos semelhante ao das crianças humanas
2013-10-19 » República do Congo
O bonobos, Pan paniscus, é o primata mais próximo do Homem, quer em termos genéticos, já que partilha connosco 98,7 % do mapa genético, quer em termos sociais, porque é o primata com estruturas familiares e sociais mais próximas das nossas - mais que o chimpanzé e o gorila. No entanto, é uma espécie menos estudada que estes outros símios e talvez por isso continue a surpreender tanto os investigadores.

Um grupo de investigadores do Centro de Pesquisa Nacional de Primatas de Yerkes, pertencente à Universidade de Emory, na Geórgia, tem-se debruçado sobre esta espécie em particular e publicou os mais recentes resultados do seu trabalho na revista cientifica Proceeding da Academia Nacional de Ciências americana. Trata-se de um conjunto de resultados surpreendentes - ou talvez não, para os mais atentos.

As observações que levaram a equipa a tirar estas conclusões foram realizadas no terreno, num santuário para primatas na República do Congo, região de onde os bonobos são originários, e o comportamento dos animais estudados foi filmado para posteriormente ser analisado. As imagens foram depois visualizadas de forma mais lenta, para os investigadores terem acesso a todos os detalhes que no local poderiam ser inadvertidamente deixados para trás, uma vez que se podem perder pormenores se centrarmos a nossa atenção em determinados animais e perdermos temporariamente a noção do que se passa à nossa volta.

Um dos aspectos estudados foi a forma como os símios reagiam à frustração e concluíram que estes reagem rapidamente, estado desde logo disponíveis para consolar os seus pares mais tristes, aproximando-se destes, dando abraços e acariciando-os por forma minorar o seu sofrimento, ainda que temporário. Concluiu-se assim que estes animais possuem algum domínio comportamental, controlando as suas acções e conseguindo evitar explosões emocionais.

Maioritariamente, os bonobos que residem no santuário são órfãos cujas mães perderam a vida às mãos de caçadores furtivos. Esta perda levou a que necessitassem de muito mais tempo para aprenderem a controlar as suas emoções do que os animais que puderam usufruir do acompanhamento das mães, que parecem ter esse controlo mais facilitado. Uma das situações em que os investigadores puderam constatar isso foi quando, por algum motivo, os jovens bonobos sofriam algum tipo de agressão, verificando que tinham comportamentos diferenciados, já que aqueles que conviveram com as mães rapidamente controlavam as emoções, enquanto os órfãos necessitavam de mais tempo para o conseguirem e, muitas vezes, necessitavam da intervenção de outros animais de idade semelhante para o conseguirem. Também foi visível que os adolescentes e adultos demonstram uma menor propensão para consolarem os jovens do que estes entre si.

Concluíram também os investigadores que esta espécie consegue controlar os comportamentos dos seus pares que se encontram angustiados devido a algum tipo de experiência desagradável com atitudes muito similares às que as crianças humanas têm entre si. Ficou claro que nos órfãos bonobos esse controlo é mais difícil, o que também tende a acontecer com as crianças humanas, demonstrando padrões emocionais muito próximos entre as duas espécies, nas quais o controlo das emoções é fundamental para uma socialização saudável.

O estudo realça o facto de estes comportamentos serem importantes para entender a evolução humana e que este comportamento similar entre as duas espécies remontará a uma época em que terá havido um antepassado comum, há cerca de 6 milhões de anos.

Para levar a cabo este trabalho de investigação no terreno, foi usada uma amostra constituída por 13 bonobos adultos, 11 adolescentes e 12 jovens, e o seu comportamento foi comparado com o comportamento de humanos de idade próxima.
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