Uma família residente em Bees Creek, na região de Darwin, Austrália, não ganhou para o susto quando encontrou, num espaço contíguo à sua sala de estar, um crocodilo-de-água-salgada, tranquilamente instalado, a descansar. Depois de o dono da casa ter dado o alarme, o animal foi capturado e enviado para um centro de resgate da região. O que valeu a esta família foram os insistentes latidos dos seus cães, que os puseram de alerta para algo que não estaria a decorrer com normalidade na sua propriedade, levando-os a realizar uma busca matinal que permitiu encontrar o intruso.

O animal, com quase dois metros de comprimento e em estado muito saudável, pode fazer parte de um grupo de cerca de 40 crocodilos que há cerca de seis anos terão fugido de uma quinta onde são criados animais desta espécie protegida para serem utilizados, quer no aproveitamento da carne, quer no aproveitamento das peles. Segundo o dono da exploração, a grande maioria dos fugitivos foi recuperada ou acabou por morrer, só tendo sido encontrados 3 ou 4 desses animais vivos, o que não vai de encontro aos depoimentos dos moradores da região que dizem já terem sido retirados dos seus quintais cerca de 15 crocodilos ao longo dos anos, e afirmam mesmo que alguns dos habitantes da região já terão sofrido ataques deste répteis, embora tenham sempre conseguido, de alguma forma, escapar e evitar lesões de maior.

O dono da quinta, sem ter a certeza de que aquele possa ser um dos animais fugitivos, aceita a responsabilidade sobre o animal, e aponta a possível culpa para um funcionário seu, que em Outubro de 2005 terá deixado aberta uma porta do compartimento dos juvenis, possibilitando na altura a fuga de cerca de quatro dezenas de pequenos répteis. Este número é também posto em causa pelos moradores, que acreditam terem sido muitos mais animais a fugir.

As cheias dos últimos anos podem também ser responsáveis por este caso, já que em muitas outras regiões, onde não havia notícias de serem encontrados crocodilos-de-água-salgada, estes começaram a aparecer. Darwin fica numa região onde ancestralmente estes animais estavam presentes, só se tendo tornado mais raros com a presença humana, que foi aumentando desde a ocupação desta região pelos colonos britânicos.

Uma crocodilo persistente manteve refém numa ilha australiana, durante duas semanas, um homem neozelandês de 37 anos, e só um golpe de sorte permitiu que fosse salvo do seu degredo insular solitário.

m jornalista de serviço junto ao parlamento Tailandês, em Banguecoque, emitiu um alerta reportando a presença um crocodilo junto às entradas de ar na cobertura do edifício. O aviso permitiu que ninguém apanhasse um susto, ou que tivesse mesmo sido atacado dentro do parlamento, mas a falta de tacto natural dos seguranças e funcionários no local para lidar com uma situação para a qual não estão preparados, criou uma enorme confusão e foram necessárias horas de trabalho até se conseguir capturar o animal.

Depois de, durante alguns anos, ter detido o título de maior crocodilo-de-água-salgada em cativeiro, Cassius foi destronado por Lolong em 2011. Com a recém noticiada morte de Lolong, Cassius volta a assumir o título e a ser a referência viva desta espécie.

Num parque de répteis da cidade australiana de Vitória, propriedade de Tracey Sandstrom, uma apaixonada por estes animais, o caso insólito de um crocodilo que mudou de cor, de verde para laranja, está a chamar a atenção sobre o espaço e sobre si.

A Austrália tem sido, a nível global, uma das zonas mais afectadas com as alterações climáticas que se têm feito sentir por todo o planeta. Ainda há poucos meses era uma seca extrema, nunca antes vista, a assolar o território; depois, foram as chuvas e inundações; agora, foi a tempestade Tasha a provocar estragos.