Depois de, durante alguns anos, ter detido o título de maior crocodilo-de-água-salgada em cativeiro, Cassius foi destronado por Lolong em 2011. Com a recém noticiada morte de Lolong, Cassius volta a assumir o título e a ser a referência viva desta espécie.

Cassius mede 5,48 metros e era ainda um jovem quando foi capturado, em 1984, nos Territórios do Norte na Austrália. Desde então, tem vivido no Marineland Melanésia, um parque temático em Queensland, onde foi o espécime de referência dentro da espécie até 2011. Em Setembro deste ano, com uns longos 6,17 metros, foi capturado na região filipina de Agusan do Sul o crocodilo Lolong, que destronou Cassius, tornando-se o maior réptil da sua espécie em cativeiro. Contudo, durou pouco o seu reinado, já que na passada semana se soube que tinha morrido, depois de durante um mês ter sofrido de graves problemas intestinais.

Cassius retoma assim o seu título e, segundo os tratadores, pode vir a tornar-se bastante maior que Lolong, já que ente os dois existem entre 50 e 60 anos de idade de diferença e Cassius vai continuar paulatinamente a crescer durante as próximas décadas, desde que nada de anormal lhe aconteça. Até porque nesta guerra de medidas que foi criada ao longo dos últimos anos, Cassius viu sempre o seu comprimento diminuído em cerca de 20 centímetros já que, ainda em liberdade, perdeu a ponta da cauda numa luta e oficialmente o que conta é o comprimento total, independentemente de ter perdido algum pedaço ou não.

Mais importante para as autoridades australianas é o facto de, desde que a caça foi proibida no país, o tamanho e a quantidade dos grandes machos em liberdade ter aumentado significativamente, sendo já hoje possível observar verdadeiros gigantes, que os mais optimistas garantem estar perto dos sete metros. Mas se este empenho em proteger a espécie recebe da parte de muitos australianos uma grande ovação, muitos são também aqueles que defendem algum tipo de controlo, já que muitas explorações turísticas tiveram de fechar com o ressurgimento destes grandes répteis, que ameaçam a vida e a integridade física dos turistas. Inclusive, foi necessário proceder ao encerramento a banhos de muitas praias, já que começaram recorrentemente a ser observados crocodilos nessas áreas balneares e, em casos extremos, foram registados ataques a turistas, tendo já ocorrido algumas mortes.

Uma crocodilo persistente manteve refém numa ilha australiana, durante duas semanas, um homem neozelandês de 37 anos, e só um golpe de sorte permitiu que fosse salvo do seu degredo insular solitário.

m jornalista de serviço junto ao parlamento Tailandês, em Banguecoque, emitiu um alerta reportando a presença um crocodilo junto às entradas de ar na cobertura do edifício. O aviso permitiu que ninguém apanhasse um susto, ou que tivesse mesmo sido atacado dentro do parlamento, mas a falta de tacto natural dos seguranças e funcionários no local para lidar com uma situação para a qual não estão preparados, criou uma enorme confusão e foram necessárias horas de trabalho até se conseguir capturar o animal.

Uma família residente em Bees Creek, na região de Darwin, Austrália, não ganhou para o susto quando encontrou, num espaço contíguo à sua sala de estar, um crocodilo-de-água-salgada, tranquilamente instalado, a descansar.

Num parque de répteis da cidade australiana de Vitória, propriedade de Tracey Sandstrom, uma apaixonada por estes animais, o caso insólito de um crocodilo que mudou de cor, de verde para laranja, está a chamar a atenção sobre o espaço e sobre si.

A Austrália tem sido, a nível global, uma das zonas mais afectadas com as alterações climáticas que se têm feito sentir por todo o planeta. Ainda há poucos meses era uma seca extrema, nunca antes vista, a assolar o território; depois, foram as chuvas e inundações; agora, foi a tempestade Tasha a provocar estragos.