Libertados os primeiros linces-ibéricos criados em cativeiro
2014-12-16 » Portugal
Depois de muitos anos em que o felino mais ameaçado do mundo não foi visto em liberdade em Portugal, o primeiro casal criado em cativeiro foi hoje libertado, ainda que de forma controlada, para que brevemente possa percorrer montes e vales e criar descendência, garantindo a esta espécie ameaçada um futuro em liberdade total. Só com o empenhamento dos governos ibéricos, de muitos profissionais dedicados de ambos os lados da fronteira, da colaboração dos proprietários dos terrenos onde estes animais vão ser libertados, de associações de caçadores e de muitas outras pessoas foi possível chegar a este ponto. Hoje, foi o primeiro dia no futuro do sucesso da espécie e todos os que trabalharam para se chegar até aqui estão de parabéns.
Pouco passava das 15 horas quando o macho Katmandu e a fêmea Jacarandá foram libertados, num cercado com cerca de dois hectares, perto da aldeia de Romeiras, concelho de Mértola, na região portuguesa do Alentejo.
Katmandu nasceu no centro de reprodução de Zarza de Granadilla, na região de Plasencia, em Espanha, de onde saiu esta manhã para conhecer Jacarandá, nascida no Centro Nacional de Recuperação do Lince-Ibérico, em Silves.
À chegada, foram colocados lado a lado, enquanto os muitos convidados para a cerimónia se preparavam para este momento simbólico e muito esperado em Portugal depois de, em Espanha, já ter acontecido com sucesso por diversas vezes. Na presença de todas as entidades esperadas, foi então o momento de abrir as gaiolas onde foram transportados, primeiro o macho, poucos instantes depois a fêmea. Ambos procuraram de imediato a protecção dos arbustos ali existentes, na zona onde passarão os próximos dias. Dentro de pouco mais de um mês, lá para o fim de janeiro, se tudo correr como o previsto, estes dois animais vão ser definitivamente libertados e a partir daí não vai haver mais cercados, os seus olhos vão poder percorrer as magníficas paisagens alentejanas sem barreiras e perscrutar o horizonte em busca de um coelho que lhes garanta a sobrevivência e o sucesso do projecto.
A abundância de coelhos é fundamental para que o sucesso de todo este trabalho aconteça, e este foi um dos motivos para a escolha desta região, a abundância de coelhos-bravos saudáveis. Entretanto, o cercado onde os linces foram libertados para fazerem o seu estágio tem recebido, e vai voltar a receber, contingentes de coelhos para que não faltem presas a estes felinos raros.
Este casal faz parte de um grupo de 10 linces que vão ser libertados nos próximos meses e sobre os quais se deposita grandes espetativas. A acção constitui o princípio do sucesso do lince-ibérico em liberdade em território português, principalmente no Vale do Guadiana, um dos locais que melhores condições naturais oferece para a sobrevivência e reprodução destes animais.
Depois, outros obstáculos se irão levantar, como a caça predatória, ou os atropelamentos, que em Espanha tem sido um dos maiores problemas a afetar os animais que têm sido libertados, e por fim a possibilidade real de estes linces libertados em Portugal decidirem emigrar para Espanha, em busca de melhores condições, ou de mais alimento.
Para prevenir os atropelamentos, foram criados novos sinais de trânsito para alertar os condutores para a existência de linces na região onde vão ser libertados, sinais que foram colocados ao longo da Estrada Nacional 267, já que em busca dos coelhos, que são a base da alimentação estes esquivos animais, os linces podem aproximar-se ou mesmo cruzar as estradas, pondo em risco a sua vida e muitos anos de trabalho dedicado de dezenas de pessoas para que este importante momento acontecesse.
Por parte dos humanos, o trabalho está feito, e tem-se sabido ao longo do tempo que bem feito, espera-se agora a colaboração dos linces para dar muitas alegrias àqueles que tanto trabalharam na reprodução desta espécie tão icónica e que tão bem representa a persistência própria dos povos ibéricos nas duras batalhas a que se propõem realizar. Principalmente esta, que juntou os dois países num objectivo comum, salvar da extinção a espécie que muitos já julgam perdida para sempre nos montes e vales da península, o Lince-Ibérico.
Pouco passava das 15 horas quando o macho Katmandu e a fêmea Jacarandá foram libertados, num cercado com cerca de dois hectares, perto da aldeia de Romeiras, concelho de Mértola, na região portuguesa do Alentejo.
Katmandu nasceu no centro de reprodução de Zarza de Granadilla, na região de Plasencia, em Espanha, de onde saiu esta manhã para conhecer Jacarandá, nascida no Centro Nacional de Recuperação do Lince-Ibérico, em Silves.
À chegada, foram colocados lado a lado, enquanto os muitos convidados para a cerimónia se preparavam para este momento simbólico e muito esperado em Portugal depois de, em Espanha, já ter acontecido com sucesso por diversas vezes. Na presença de todas as entidades esperadas, foi então o momento de abrir as gaiolas onde foram transportados, primeiro o macho, poucos instantes depois a fêmea. Ambos procuraram de imediato a protecção dos arbustos ali existentes, na zona onde passarão os próximos dias. Dentro de pouco mais de um mês, lá para o fim de janeiro, se tudo correr como o previsto, estes dois animais vão ser definitivamente libertados e a partir daí não vai haver mais cercados, os seus olhos vão poder percorrer as magníficas paisagens alentejanas sem barreiras e perscrutar o horizonte em busca de um coelho que lhes garanta a sobrevivência e o sucesso do projecto.
A abundância de coelhos é fundamental para que o sucesso de todo este trabalho aconteça, e este foi um dos motivos para a escolha desta região, a abundância de coelhos-bravos saudáveis. Entretanto, o cercado onde os linces foram libertados para fazerem o seu estágio tem recebido, e vai voltar a receber, contingentes de coelhos para que não faltem presas a estes felinos raros.
Este casal faz parte de um grupo de 10 linces que vão ser libertados nos próximos meses e sobre os quais se deposita grandes espetativas. A acção constitui o princípio do sucesso do lince-ibérico em liberdade em território português, principalmente no Vale do Guadiana, um dos locais que melhores condições naturais oferece para a sobrevivência e reprodução destes animais.
Depois, outros obstáculos se irão levantar, como a caça predatória, ou os atropelamentos, que em Espanha tem sido um dos maiores problemas a afetar os animais que têm sido libertados, e por fim a possibilidade real de estes linces libertados em Portugal decidirem emigrar para Espanha, em busca de melhores condições, ou de mais alimento.
Para prevenir os atropelamentos, foram criados novos sinais de trânsito para alertar os condutores para a existência de linces na região onde vão ser libertados, sinais que foram colocados ao longo da Estrada Nacional 267, já que em busca dos coelhos, que são a base da alimentação estes esquivos animais, os linces podem aproximar-se ou mesmo cruzar as estradas, pondo em risco a sua vida e muitos anos de trabalho dedicado de dezenas de pessoas para que este importante momento acontecesse.
Por parte dos humanos, o trabalho está feito, e tem-se sabido ao longo do tempo que bem feito, espera-se agora a colaboração dos linces para dar muitas alegrias àqueles que tanto trabalharam na reprodução desta espécie tão icónica e que tão bem representa a persistência própria dos povos ibéricos nas duras batalhas a que se propõem realizar. Principalmente esta, que juntou os dois países num objectivo comum, salvar da extinção a espécie que muitos já julgam perdida para sempre nos montes e vales da península, o Lince-Ibérico.
Notícias
Portugal
Foram muitos anos e muitas pessoas envolvidas dos dois lados da fronteira para que o lince-ibérico pudesse ter futuro. No período de duas semanas, as notícias que todos esperavam há anos surgiram, primeiro Jacarandá depois Lagunilla, duas das fêmeas libertadas em Portugal, tinham tido as suas primeiras crias, e havia pequenos linces para demonstrar que todo o investimento pessoal dos muitos envolvidos neste processo tinha valido a pena.
Portugal
O programa de reintrodução do Lince-Ibérico em território nacional fez um ano. Entre a incerteza e o sucesso, muito tem sido feito para que este pequeno felino volte a prosperar no seu habitat natural.
Portugal e Espanha
Foram muitos anos de trabalho dos dois lados da fronteira, muita troca de informação, muitas horas de trabalho de todos os envolvidos, muitas expectativas, muito suor aqui e ali salpicado de lágrimas mas, com todos estes muitos, foi possível salvar o felino mais ameaçado do planeta.
Portugal
O Jardim Zoológico acaba de receber dois exemplares de Lince-ibérico, no âmbito do projecto de conservação desta espécie, em parceria com Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).
Espanha
Dez anos passados desde que foram implementadas em Espanha as primeiras medidas de protecção e reprodução do lince-ibérico, começa agora a mostrar-se viável a manutenção de populações estáveis em dois locais distintos e os responsáveis espanhóis começam já a ponderar mais alternativas para que, num futuro próximo, seja possível criar mais zonas onde estes animais possam viver na natureza, dando continuidade ao ambicioso projecto que abraçaram, há cerca de uma década.
Canis & Gatis
Instituto Zoófilo Quinta Carbonne
Lisboa, Portugal
Centro de Recolha Oficial de Animais de Companhia
Braga, Portugal
Parques
Parque Nacional da Serra das Confusões
Piauí, Brasil
Parque Natural do Douro Internacional
Bragança, Portugal
Zoos
Quinta Pedagógica Armando Villar
Lisboa, Portugal
Parque Municipal Dr. Fábio da Silva Prado
São Paulo, Brasil
Clínicas
Paraná, Brasil
Paraná, Brasil
Lojas
Setúbal, Portugal
Santa Catarina, Brasil
Hotéis
Rio de Janeiro, Brasil
Instituto Veterinário do Parque
Lisboa, Portugal